sento-me num banco de jardim e as palavras que me estalam no peito,
como as castanhas a meu lado, começam a fluir...
como a brisa, que me traz o aroma doce dos crepes...
como o rio, que corre la em baixo.
apenas aqui os tons do anoitecer são rosados...
je vois la vie en rose... canta alguem junto ao carrocel.
o frio congela-me a carne, mas desperta algo...
um imenso sentir, um imenso desejo, um imenso sorriso.
faço um esgar... experimento a sensação... e sorrio.
sorrio por puro prazer. por que as imagens,
pequenos quadros vivos, são belas...
é tempo de beber mais uma taça de vinho.
escureceu já. pequenas gotas de chuva, timidas,
aconchegam-se umas às outras no meu casaco.
não me importo. afinal, apenas querem um pouco de ternura...
parto agora. fica a memória das castanhas e o desejo de voltar...
amanha, a esta hora.
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