terça-feira, 20 de abril de 2010

poeira...

ao cair da noite sento-me no chão, procurando a última nesga de sol que resta.
ali mesmo, num desvio de olhar, estavas tu, altiva, séria, interrogativa.
a poeira acumulava-se ao teu-meu redor. os meus lábios secavam. tu humedecias.
a chuva teimava em não parar, tentando desesperadamente assentar a poeira, dar-me de beber.
teimosamente. a chuva não parava. a poeira não assentava. e os meus lábios não beijavam...

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