terça-feira, 17 de março de 2009

solta-se no peito...

no teu seio revolucionário
abrigaste todas as minhas esperanças
nos teus braços embalaste-me...
rosa e cravo...
rosa que é cravo
e cravo que beijou a rosa...
solta-se no peito
salta da minha garganta...
seremos livres... seremos filhos da madrugada...

4 comentários:

Laura disse...

O cravo da revolução e a rosa do amor... uma bela intricação. :)

Laura disse...

Então um beijo e um abraço de carinho para ti. A mãe é eterna em nós, sempre.

MD69 disse...

bonito texto :)

Laura disse...

Neste dia especial, deixo-te aqui o mito de Deméter e Perséfone, que personifica a eternidade entre mãe e filha.

"Deméter ou Demetra (em grego Δημήτηρ, "deusa mãe" ou talvez "mãe da distribuição") é o nome de Ceres na mitologia romana. Uma das doze divindades do Olimpo, é filha de Cronos (Saturno) e Réia (Cibele) e deusa da terra cultivada, das colheitas e das estações do ano. É propiciadora do trigo, planta símbolo da civilização. Na qualidade de deusa da agricultura, fez várias e longas viagens com Dionísio ensinando os homens a cuidarem da terra e das plantações.
Em Roma, onde se chamava Ceres, seu festival era chamado Cerélia e celebrado na primavera.

Quando Hades raptou Perséfone e a levou para seu reino subterrâneo, Deméter ficou desesperada, saiu como louca Terra afora sem comer e nem descansar. Decidiu não voltar para o Olimpo enquanto sua filha não lhe fosse devolvida, e culpando a terra por ter aberto a passagem para Hades levar sua amada filha, ela disse:

– Ingrato solo, que tornei fértil e cobri de ervas e grãos nutritivos, não mais gozará de meus favores!

Durante o tempo em que Deméter ficou fora do Olimpo a terra tornou-se estéril, o gado morreu, o arado quebrou, os grãos não germinaram. Sem comida a população sofria de fome e doenças. A fonte Aretusa então contou que a terra abriu-se de má vontade, obedecendo às ordens de Hades e que Perséfone estava no Érebo, triste mas com pose de rainha, como esposa do monarca do mundo dos mortos.
Com a situação caótica em que estava a terra estéril, Zeus pediu a Hades que devolvesse Perséfone. Ele concordou, porém antes, fê-la comer um bago de romã e assim a prendeu para sempre aos infernos, pois quem comesse qualquer alimento nessa região ficava obrigado a retornar.

Com isso, ficou estabelecido que Perséfone passaria um período do ano com a mãe, e outro com Hades, quando é chamada Proserpina. O primeiro período corresponde à primavera, em que os grãos brotam, saindo da terra assim como Proserpina. Neste período Perséfone é chamada Coré, a moça. O segundo é o da semeadura de outono, quando os grãos são enterrados, da mesma forma que Perséfone volta a ser Proserpina no reino do seu marido.
Os Mistérios de Elêusis, celebrados no culto à deusa, na Grécia, interpretam essa lenda como um símbolo contínuo de morte e ressurreição.

Deméter pode ser representada:

sentada, com tochas ou uma serpente; seus atributos são a espiga e o narciso, seu pássaro é a grou;

tendo em uma das mãos uma foice e na outra um punhado de espigas e papoilas, trazendo na cabeça uma coroa com esses mesmos elementos."

Fonte: http://wiki.sapo.pt/wiki/Demeter

Um abraço,
Madalena