olho-te e não te quero ver
vejo-te mas não quero olhar
os teus olhos ariscos e felinos
não se fixam em nenhum ponto
não te quero olhar mas vejo-te
encostas-te na poltrona e sorris
as tuas mãos oscilam
o teu olhar não se fixa
perdeste o foco
e eu perdi o chão
olho-te agora
mas não te quero ver
imóvel sustendo a respiração
seguro no peito apenas esta canção
segue o som
perde o freio
oscila no vento
canta o tormento
corre depressa
já ninguém te espera
sobe as escadas
e sai pela janela
mergulha de cabeça
ninguém te espera
desce o rio
mergulha no mar
parte para longe
onde te possam esperar
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