sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

fio de rio...

equilibro-me nas pontas dos pés, olho para baixo. um fio de rio corre vagarosamente. fecho os olhos. tenho dois minutos. dois minutos apenas.
que fazer? abandono o meu corpo ao peso do meu curto viver. beijos, caricias, palavras ternas do meu último amante ecoam no meu peito. o sino velho de uma capela mais antiga que o tempo recorda desperta-me.
olho para baixo. um fio de rio corre calmamente, imperturbável. sinto um arrepio na nuca. alguém sopra palavras doces, confortantes.
abandono-me ao peso do meu corpo e caio no vazio.
a fria água embala o meu corpo ainda morno.
olho para baixo. um fio de rio corre de mansinho. duas rosas vermelhas na margem. alguém me chama...
mãe? és tu?


(sinto a tua falta)

1 comentário:

Anónimo disse...

leio-a pk seu Pai me deu e por gentileza seu modo de escrever e sei de sua generosidade e amor pelos outros...não me conhece mas sabe um pouco de mim...distante que estou mas amo as palavras e os sentimentos sinceros e sentidos...criança ainda mas bela toda em Si...leio-a
MJ